sábado, 3 de abril de 2010

Lembrancinhas

Há tanto que não escrevo, e deixo aqui apenas misturas de confissões e reminiscências. Porém, com doses muito maiores de confissões, uma vez que o calar presencial é mais confortável.
Havia uma muringa cheia da presença, que por vezes distante, e mais figurativa do que o real me premitia enxergar, já que o ônirico confortável me pregava peças como estas. O real pediu licença para se manifestar, e mostrar que não há apenas desfigrações em sua existência. Desde então, no lugar dos leves personagens sem densidade, que tomavam conta da muringa que prestes a transbordar estava, e não movia-se por carregar tamanho peso, ocupou-se de vazio, pelo finitude do filme q acabara por registrar a última cena. O filme virou negativo, e as fotos nem ao menos foram ampliadas, mas já estão em belo arquivo, aguardando seu lugar nas próximas representações e exemplos no real.
A muringa ficou vazia, e com isso passar a ocupar outros espaços, desta forma outras reminiscências tomam corpo. Como a canção de Geraldo Vandré que papai cantava; e eu quando pequena nem sabendo de todo significado que continha repetia com ele "vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer". Quem dera ter realmente aprendido todo o significado, ou mesmo realizado apenas o que ele queria me ensinar.
Esperei, pensei, esperei e repensei; a atitude mesmo veio depois, mas veio, e antes tarde que nunca, mas nunca seria muito, ou pouco, já que não se pode medir o que se é, tendo apenas a certeza do transitório, deste mundo para outro, desta paixão para outra, e de tantas outras coisas para outras...mas, restando sempre o amor, porque este não transita, fica marcado pelo resto da vida, seja ela mais um dia, ou mais cem anos...

Ps. Este texto faz parte da campanha: "O que importa mesmo é a mensagem". Então, desculpem os mais antenados em gramática.