quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Das antigas folhas dos novos tempos.

Encontrei este, sem data nas antigas folhas de um caderno abandonado...apenas sei que foram em meados do segundo semestre de 2008. Durante um período de extrema resignação, dor, angústia e desesperança, essas que batem à porta de todos os seres viventes, ao menos àqueles que se propõe a pensar em sua volta, tanto dentro quanto fora...aliás, mais dentro para entender e espelhar fora....NÃO ME ALONGAREI PARA NÃO DESCARACTERIZAR A ORDEM DAS PALAVRAS PASSADAS.


Quando terá fim?

A via descontínua da vida

Afim de buscar novas vias

Tomamos sempre atitudes empíricas

Que resultam em sangrias

Queria apenas a palavra “emancipa”

Mas consegui estigmas

Inimigos e até mesmo amigas

Quem diria tudo isso sobre essa cria?


Você se prevalece de atitudes que julga serem honestas. Vive a mercê da ajuda alheia.

Critica aqueles que pensam e agem por si só. Tenho pena do que você é!Mas não a mesma dos que caminham comigo, pois você jamais caminhará novamente.

És hipócrita, egoísta e mesquinho. Não vê que a cada passo se torna mais medíocre e odioso.

Nunca ficarei sobre sua forçosa presença soberana, tampouco me resignarei às suas ordens. É isso que o incomoda?Ou seria: Enxergar em alguém tudo que não teve coragem de ser?

Você não passa de um invejoso covarde, que a todo custo tenta minar minhas forças. Mas, como vê: Estou firme para sua dor!!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Palavra de Ordem!

Devaneios filosóficos, pautas da angústia e passividade na vida. Tudo nesta mesma ordem, como se fosse receita de bolo, primeiro vem os devaneios, aquelas leituras que instigam a pensar sobre o que tem feito da vida e se de fato tudo está acordado com seus anseios. Partindo deste pressuposto (das interpretações do ser), identificamos nossas angústias, receios, medos e incertezas, tudo numa cesta tão enfeitada que parece felicidade. Como o tempo moderno diminui a importância das questões do ser, a passividade vai tomando conta de tudo. Relega-se os sonhos, as premissas, amores, desamores e tudo que tornaria o ser mais completo e emancipado (talvez).
Todas essas questões e mais as que tocam o movimento do cosmos, trouxeram à tona um poema de uma pessoa extremamente sensível de doce. Com vocês:

PABLO NERUDA-
Quem morre?

Morre lentamente

quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.


E a palavra de ordem é metamorfose!