quinta-feira, 25 de junho de 2009

Fotografias, lâminas, vida e coisinha dela...

Imagens do imaginário urbano, corrido, fragmentado, desordenado e viciado.
O imaginário sempre vai de encontro com aquele varal, cheio de fotografias espalhadas em varáis, cada uma com seu pregador. Algumas amareladas pelo invariável e implacável tempo, outras deixadas à sombra por serem frágeis, algumas até grudadas pelo mesmo pregador, mas distante das outras. Todas elas feito roupas, cada uma com sua função, cores diferentes, lembraças diferentes. Não ocorreria a tenativa de utilizar as belas lâminas?
Talvez seria o mais adequado, entretando as fotografias são mais interessantes...tudo interessa desde que não haja fragmentação, belas lâminas, lindas fotografias, amareladas, preto e cinza, preto e branco, sépia, photoshopada, tudo a beleza das coisas unidas. Fotografias com legenda assim como nos filmes. Vida passando como filme, não os mudos, mas falados e legendados ao mesmo tempo.
As belas facas japonesas, com sua sofisticação, especificidade, diferentes cabos, estilos, orientações de uso. Seriam elas como as belas palavras, assim que proferidas não se pode retirar, como os belos cortes das facas. Talvez exista a possibilidade de refazer o corte, mas não excetando o anterior. Nossas belas palavras, lindas frases, textos ácidos...
E no campo das ideias, as palavras ficam soltas assim como as imagens, que permitimos apenas se perpeturar por não argumentar ao menos os conceitos.
O que se é? Que se quer? Para quem? Para quê? Por que? A quem? de que? Que é?
Tantas, tontos outros tantos, como tantas coisas perdidas, presas por pregadores, e juntas por outros, sem explicação para tantos tontos outros, repleto de tantas dúvidas com explicações efêmeras e tão profundas como uma gota d'água.
Seguimos a pensar em tantas formas observar, tantos conceitos a dançar, nos papéis foscos da vida caminhar...
reflexão..

domingo, 21 de junho de 2009

Sujeitos Funcionais.

01/06/2009

Irresistível desejo de organizar as ideias em palavras soltas nos papéis com linhas retas, que nada imprimem a realidade interior. Sempre desnorteada feito bússola defeituosa, girando para todos os lados...
Estes processos transitórios, mas recorrentes dos sujeitos funcionais que estáo sempre à espera de algo novo e acabam se contentando com "mais do mesmo". Apesar de parecer crítica esta referência ao "mais do mesmo", no fundo não é, porque é sempre repetindo que vamos entendendo os processos da vida que constantemente muda, poré,m está sempre nos devolvendo questões ainda não resolvidas.
O problema é quando isto se torna uma resignação. Da mesma forma que as horas passam e possivelmente um sujeito não encontra outro no mesmo banco do ônibus que estava sentado ontem, há a possibilidade do "mais do mesmo"estar sentado ao lado do novo, daquela nova oportunidade de enxergar a vida de um jeito diferente, ouvir coisas novas, hábitos novos, mesmo considerando o presente passado posto que está ali tão próximo.
É tão bom não esquecer, exercício esse complicado, afinal o descartável está na moda, e remar contra a maré é no mínimo complexo, entretanto divertido. Mesmo este ato de escrever coisas aleatórias sem sentido para alguns, é um reflexo desta necessidade de nunca esquecer. Evidente que cada um que ler poderá se recordar de alguma coisa. As palavras reunidas são como as pessoas reunidas, estão dizendo algo que posteriormente cada um recordará e encontrará sentido diferente, variando pelas experiências e estados manifestados no dia.
Não tenho a intenção de esquecer certas coisas frágeis, que ao aparecer de uma tempestade de verão se desfaz, honestamente gostaria que nunca houvesse sido desfeito, nem entendo o motivo de tal preocupação, porque se não será desfeito, não precisarei me preocupar. No entando estamos sempre nos encontrando no final de cada tempestade, nos escombros daquilo que destruímos por parecer tão frágil, forçoso é realmente achar que as estruturas se desmontam, acho que estão sempre se edificando com lembranças soltas e os novos encontros efêmeros. Insanos por um criação histórica, estamos sempre correndo em lados opostos da vida, mas essa insitiste (por maldade) nos colocar frente a frente e cada vez mais silenciados pelo orgulho que que a vergonha produz de tanta responsabilidade em entender estas contradições....
Não saber começar e terminar é uma qualidade daqueles funcionais sujeitos que esperam, esperançosos por mais um dia que muitas vezes poderia nem nascer, mas nasce e nos bate com felicidade no não ter e mesmo assim ser.